segunda-feira, 1 de março de 2010

Elas...

sempre que a vejo o meu coração bate, bate de furor, bater de dor
foi amor, e morreu... mas não para mim, ou será que sim

penso que amo, mas e não souber o que é o amor?
ainda ainda desprezo-a e quero-a ainda mais

e tenho ciúmes de mim próprio por também gostar de outra, e ciúmes também de quem ela realmente gosta

afundo-me em desgostos; de cada vez que as vejo quero nunca mais ter de suportar a sua presença
mas o tempo enquanto dura é o melhor que posso viver, pudera não acabar e seria feliz

pensando que sei o que é felidade...


o resto não consigo exprimir por palavras, apenas as agonias e prazeres profanos de um coração sedento de desejo e afecto...

afogo mágoas na luxúria, olho as mulheres como objectos e sentido-me mal por isso escondo-me em mim, criando uma faceta que me salve da impureza
limpo os pecados de uma personalidade, criando outra que se dedique ao amor na forma como é intendido vive-lo... e é nessa personalidade que quero acreditar, mesmo quando as vejo
mesmo nessa altura em que a outra personalidade vive e me possui

1 comentário:

  1. the flesh covers the bone
    and they put a mind
    in there and
    sometimes a soul,
    and the women break
    vases against the walls
    and the men drink too
    much
    and nobody finds the
    one
    but keep
    looking
    crawling in and out
    of beds.
    flesh covers
    the bone and the
    flesh searches
    for more than
    flesh.

    there's no chance
    at all:
    we are all trapped
    by a singular
    fate.

    nobody ever finds
    the one.

    the city dumps fill
    the junkyards fill
    the madhouses fill
    the hospitals fill
    the graveyards fill

    nothing else
    fills.

    bukowski

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